Bem-vindo(a). Aqui ando às voltas. Com a vida. Com o doutoramento. Com o blog. Quando as circunstâncias o permitem dou umas voltinhas pela Educação de Infância.

sábado, 25 de outubro de 2008

A teoria da atribuição


As impressões que formamos ajudam-nos a compreender melhor as causas do comportamento das pessoas que percebemos. Nos nossos contactos diários, mostramos uma certa tendência para atribuirmos aos outros  motivações, atitudes, disposições que nos são pessoais. Este facto permite  que nos tranquilizemos e orientemos a nossa vida segundo a nossa lógica. 
Para o observador (a pessoa que percebe), emitir um julgamento acerca de um acto particular é tentar identificar um vínculo causal, ou um conjunto de razões explicativas. 
Há em nós uma tendência para explicarmos o comportamento de um indivíduo que percebemos mediante a alusão às suas disposições internas. Isto deve-se à insuficiente explicação que podemos fornecer em presença de actos que por si só não nos permitem retirar a verdadeira explicação do acontecimento. Por isso julgamos as causas, inferimos e damos o "nosso" significado à acção. 
Percebemos os outros como semelhantes a nós mesmos. Quando pensamos nos outros  como semelhantes é principalmente no plano psicológico que nos colocamos. Quando percebemos alguém que sorri, inferimos o estado emocional de felicidade. Ao tentarmos compreender o comportamento do outro, teremos que determinar como é que esse outro compreende o nosso próprio comportamento. 
Os erros perceptivos são uma constante, ainda mais quando inferimos e atribuímos significado a situações que por si só não constituem a essência do acto de perceber. 

1 comentário:

Anónimo disse...

Não podia estar mais de acordo com o último parágrafo... os erros perceptivos podem até ser perigosos!