Bem-vindo(a). Aqui ando às voltas. Com a vida. Com o doutoramento. Com o blog. Quando as circunstâncias o permitem dou umas voltinhas pela Educação de Infância.
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quinta-feira, 2 de abril de 2009

Comemorações do Dia Internacional do Livro Infantil

O cartaz da DGLB alusivo ao dia 2 de Abril de 2009 é da autoria de Cristina Valadas vencedora do Prémio Nacional de Ilustração 2007

Fazemos referência ao Dia Internacional do Livro Infantil pela importância do mesmo na promoção da leitura e literacia das crianças. Segundo Alice Vieira parece que por cá este dia não suscita muitas comemorações nem é muito falado http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=1189079
Porém, todos os anos, por esta ocasião, o IBBY – International Board on Books for Young People convida um autor para redigir uma mensagem dirigida a todas as crianças e um ilustrador para conceber um cartaz. Este ano, a mensagem de incentivo à leitura dirigida às crianças de todo o mundo coube ao ilustrador egípcio Hani D. EI-Masri a elaboração da mensagem. O cartaz pode ser visto aqui. 
Uma excelente mensagem para ser trabalhada com as crianças. 

 

quarta-feira, 11 de março de 2009

Lugar de encontro-BMF

Um lugar de encontro...sempre!

Caros leitores e amigos,

 A Biblioteca Municipal de Faro divulga: 

HORA DO CONTO

para

Pais e Filhos 

ÀS 5ª Feiras  18h00

  Dinamizado pelas alunas da Licenciatura em Educação de Infância 

Escola Superior de Educação – Universidade do Algarve 

Entrada Livre

Contamos consigo!!!

Participe e boas leituras!

Biblioteca Municipal António Ramos Rosa - FARO

segunda-feira, 9 de março de 2009

Sobre o brincar e a brincadeira

A importância de brincar em idade pré-escolar

“Privar uma criança de brincar é privá-la do prazer de viver” - Françoise Dolto

Actualmente vive-se numa sociedade em que tudo se faz ‘a correr’. O tempo é um bem precioso e a gestão do mesmo acaba por ser uma arte de mestria. Esta constante vivência em ‘correria’, onde tudo é agendado ao minuto, contamina inevitavelmente o dia-a-dia das crianças, preenchido pela presença no jardim-de-infância ou na escola e em inúmeras actividades extra-curriculares. A própria evolução urbanística conduz a uma vivência confinada a espaços físicos restritos e limitados: o apartamento, os edifícios citadinos em que se situam os jardins-de-infância, escolas e pátios de recreio… “Está quieto”, “Não mexas nisso”, “Não te sentes no chão” são apenas algumas das imposições contínuas que bombardeiam as crianças todos os dias. Frequentemente, a actividade por excelência que as caracteriza – o brincar – fica esquecida no meio da rotina e das vivências diárias. Ora, durante muito tempo pensou-se que brincar não tinha utilidade biológica ou social, mas, na realidade, brincar é a forma de controlo das interacções sociais da criança e um meio poderoso de aprendizagem sobre o mundo. É um dos fenómenos mais comuns e naturais da infância, não específico ao Homem, mas também partilhado com outras espécies.

A actividade lúdica permite estabelecer um elo de ligação entre as crianças, sendo um poderoso auxiliar na construção da relação com os outros e com o meio que as rodeia. Detentora de um papel fundamental no desenvolvimento emocional, cognitivo e social, possibilita a estimulação da criatividade e o desenvolvimento da autonomia, da linguagem e de papéis sociais (fundamentais para a vida adulta), dotando a criança de maiores capacidades para pensar e resolver problemas. De facto, através do brincar, a criança vai-se familiarizando com as regras sociais e tomando contacto com experiências novas: ela explora, pesquisa, experimenta e aprende. Experimenta com relativa segurança ou com o mínimo de riscos (porque são situações puramente imaginárias) um novo comportamento familiar em contextos físicos ou sociais diferentes, sendo o comportamento lúdico em grande parte revogável: o que se faz ‘a brincar’ não tem as consequências habituais de um comportamento semelhante feito ‘a sério’. O jogo é algo com impunidade relativa e características não sérias. Toda e qualquer brincadeira requer que as crianças tenham consciência destes aspectos e que emitam e reconheçam o sinal que “isto é uma brincadeira”.

Brincar permite que a criança se mantenha fisicamente activa, que desenvolva a personalidade e as competências sociais, ajudando-a a lidar com emoções e sentimentos, possibilitando:

  • Encenar experiências emocionais (por exemplo, separação dos pais, situações de luto, alterações significativas na vida da criança, sentimentos de alegria, tristeza, ciúme, medo);
  • “Descarregar” tensões (por exemplo, alívio da dor, desconforto, frustração);
  • Pesquisar (observar, explorar, descobrir);
  • Treinar as competências de autonomia e de independência (actividade espontânea e voluntária, implicando empenhamento activo por parte da criança);
  • Divertir-se (sem objectivos específicos, apenas algo agradável e positivo).

À medida que a criança cresce, evolui socialmente de situações em que brinca sozinha, para brincadeiras mais cooperativas. Ser, ter, fazer, tomar, dar, amar, odiar, viver, morrer: todos estes verbos não ganham sentido senão através do jogo. O brincar assume, desta forma, uma preparação para as acções e comportamentos da idade adulta. Por tudo isto, para além do espaço do jardim-de-infância/escola e das activi¬dades extracurriculares (predomínio das regras e de momentos organizados/ estruturados) é também fundamental:

Aceitar e ter em conta o brincar desde o nascimento.

Antes do aparecimento da linguagem a criança já comunica com os adultos através da mímica, dos gestos, das actividades corporais e sensoriais. Por volta dos 3 meses, um dos primeiros jogos com o adulto é o de esconder o rosto e mostrá-lo de novo; depois surgem actividades de exploração e manipulação dos objectos do meio, jogos em torno do ter e guardar (encher objectos com coisas que se transportam), e, mais tarde, jogos de fazer coisas (puzzles, construções). A partir da idade em que a criança começa a andar, é preciso dar um especial destaque aos jogos com água, areia, ou terra, aos jogos de enchimento e de esvaziamento de recipientes. Este é o momento da explosão da curiosidade investigadora e manipuladora dos objectos, tudo suscita perguntas e tudo se tenta agarrar, despedaçar, fragmentar.

Variar os brinquedos da criança.

Quando a criança já descobriu as dificuldades de um jogo e as ultrapassou, poucas são as surpresas ou interrogações. É preciso variar os brinquedos e jogos de forma a estimular os sentidos, a criatividade e a inteligência da criança. Pode tentar trocar alguns brinquedos do seu filho/a com outras crianças, ou procurar uma ludoteca na zona de residência/ trabalho. (Nota: aqui entendem-se jogos de ludoteca os livros para crianças, os jogos de construção, os jogos de motricidade, inventivos, criativos, de lógica, etc; não são de forma alguma incluídos os peluches, a boneca preferida, enfim, os brinquedos que são ‘os primeiros amores’ da criança, que ela usa para adormecer, ou se acalmar quando os pais estão ausentes).

Reforçar a ideia de ter mais “tempo de qualidade” para brincar com o seu filho/a, do que “tempo de quantidade”.

São preferíveis 15 a 20 min., por exemplo, em que apenas está a brincar com o seu filho/a, do que 3 horas em que, no meio de outras tarefas, vai falando e interagindo. Esses momentos podem mesmo ser combinados com a criança de modo a que esta perceba que nesse tempo o adulto vai estar disponível só para si.

Evitar os “nãos” durante a brincadeira (por exemplo: “não corras”, “não saltes”, entre outros).

Para brincar, a criança tem de se sentir numa atmosfera segura e de não ameaça, portanto, estar continuamente em guarda perante os pais, educadores ou o próprio meio dificulta a tarefa espontânea de brincar. As crianças precisam de limites para se sentirem seguras, mas isso não significa que não possam exprimir os seus desejos, as suas alegrias e os seus desgostos (que devem ser aceites pelo adulto).

Levar o seu filho/a para brincar em espaços ao ar livre em que se efectuem actividades diferentes das realizadas no espaço físico limitado da casa ou do jardim-de-infância/escola.

O espaço é para as crianças um desejo muito intenso; é o mover-se, correr, descobrir coisas novas, enfim, sentir a vida em todos os poros. Porém, deve também ter-se em conta que algumas crianças brincam ficando apenas a olhar, ouvir, cheirar, sentir. São prazeres passivos, inteligentes, observadores e por vezes meditativos.

Reduzir a pressão na aprendizagem de conteúdos escolares, ainda em período pré-escolar.

Nesta fase, o que se torna realmente necessário é que a criança brinque, consiga enquadrar-se e socializar com o grupo, que respeite as regras da sala, que aprenda a ouvir os outros, que se concentre numa actividade (jogo, desenho, história, etc.) e que a termine dentro das suas capacidades; que desenvolva a motricidade, a criatividade e a capacidade de pensar sobre as coisas. Basicamente, a criança necessita de crescer, ganhar maturidade e competências sociais para, futuramente, estar mentalmente disponível para aprender a ler, escrever e contar, quando ingressar na escola.

In: Rituais de Vida saudável - Nº 4.
Novembro 2008

Texto: TERESA SANTOS
Psicóloga Clínica

sábado, 7 de março de 2009

Os registos gráficos das crianças no jardim de infância e a aprendizagem da matemática

É o título da tese de doutoramento de João José Maia cujo objectivo foi o estudo da evolução dos registos gráficos produzidos pelas crianças no jardim de infância e a importância dessa evolução nas aprendizagens matemáticas conceptuais e representativas realizadas durante esse período.
Os dados principais recolhidos foram mapas de presenças e de tarefas, receitas, ementas e registos de contagens das crianças para o almoço e incluíram os registos produzidos pelas crianças, as descrições feitas pelos educadores, as notas de campo decorrentes das observações do autor e entrevistas a um educador de cada local.

Pode fazer o download desta tese no repositorium da Universidade do Minho através do seguinte link.

http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/7516

quarta-feira, 4 de março de 2009

Biblioteca de livros digitais


Sou da época das maçãs e do livrinho no colo. Ainda hoje, apesar de ser uma utilizadora 100% rendida às tecnologias, continuo a eleger a leitura de livros, artigos, jornais em formato papel. Porém, não dispenso a facilidade com que posso aceder a esta biblioteca de livros digitais  que inclui livros de autores consagrados. Um bom recurso para os educadores, crianças e não só. Boas leituras!

Adenda: Feedback da Luísa Neto 
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Às 21:41 em 3 março 2009, Luísa Neto disse...
Olá Glicéria:
Hoje foi um sucesso mostrar os livros da biblioteca digital no quadro interactivo que tenho na sala. Primeiro eu li a história ao grupo e depois ouvimo-la o que permitiu "apanhar" as achegas das crianças.visto já conhecerem a história. Se souber de mais sites deste género em português agradeço-lhe, pois penso que vou "esgotar" aqueles rapidamente. Visualizá-los em quadro interactivo foi um show.
Obrigada
Luísa Neto

segunda-feira, 2 de março de 2009

Espaços para educar as crianças pequenas


Outro [novo?] conceito de jardim de infância. Outro olhar sobre as condições físicas dos espaços dedicados à Educação de Infância. Uma reportagem.  Pode ser visto aqui.


domingo, 1 de março de 2009

Sobre o Educador e a Educação de Infância

No hay etapa más decisiva, a mi juicio, en el sistema educativo, que la infantil. Los aprendizajes que en ella se realizan tienen una repercusión decisiva sobre la vida de las personas. Se trata de una etapa de una gran plasticidad en la que las influencias abarcan las dimensiones más variadas, ricas y profundas del ser humano.Los profesionales que se dedican a esta delicada tarea (mujeres en su mayoría) suelen ser personas con una preparación, una dedicación y una creatividad extraordinarias.



Destaque-Educ@ na Web



Um Espaço a pensar nos Educadores de Infância

É assim que é caracterizado este espaço. E isto para mim é suficientemente apelativo. Quem visitar o blog Educ@ na Web pode encontrar vários recursos para a prática pedagógica. Quando por lá andei dei com a página  do jardim de infância de Cacela. Dois espaços que apetece visitar. Sem dúvida para andar às voltas e descobrir o mundo da infância.  

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Avaliação e Crenças Educacionais

Não há muitos anos atrás a questão da avaliação - especialmente
avaliação da criança - não fazia parte das crenças
educacionais dos educadores de infância (Spodek e Saracho, 1997; Zabalza, 2000).

No início do séc.XXI muitas das preocupações na Educação de Infância passavam por saber como avaliar o processo educativo em geral. Discutia-se como observar, planear e avaliar. Se nessa altura o processo de avaliação docente situava-se numa mera perspectiva de auto-avaliação com poucos ou raros reflexos nas práticas educativas, hoje encontramo-nos a atravessar um período complexo e conflituoso de implementação de um modelo de avaliação de desempenho. Sobre essa avaliação de desempenho, o documento de trabalho intitulado "AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DOCENTE E CONFLITOS PESSOAIS: ENSAIO DE UM ENQUADRAMENTO E EXPLORAÇÃO DE EVIDÊNCIAS SOBRE O CASO PORTUGUÊS tem como objectivo compreender o processo de resistência colectiva emergente, as suas causas e implicações, e os desafios que este processo tem colocado tanto às relações laborais e profissionais no sector como à capacidade de gestão da mudança por parte do Ministério da Educação (Pereira, 2009). 

Por vezes fará bem recuar no tempo, perceber o que se escrevia em determinada época sobre a avaliação, neste caso particular, a avaliação nos jardins de infância para melhor compreender o presente e perspectivar o futuro. Nas minhas voltas dei com esta referência datada de 2002, intitulada "AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR: AVALIAR O QUÊ, COMO E PARA QUÊ?"

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Destaque - Jardim de Monserrate




O blog do jardim de Infância de Monserrate despertou-me a atenção por duas actividades aí divulgadas . A primeira ligada à higiene oral que as educadoras denominaram de actividade integradora  , e a segunda cujas actividades prendem-se com experiências feitas com minhocas. É o projecto BioM@t. No blog pode-se também ficar a conhecer outras actividades que denotam o espírito inovador de quatro grupos de crianças e suas educadoras. Vale bem a pena conhecer e divulgar estes projectos. 

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Destaque - Jardim de Vermoim

Espaço dos Meninos e Meninas do Jardim de Infância de Vermoim - Ossela- Oliveira de Azeméis-Portugal

sábado, 14 de fevereiro de 2009

A natureza dá


O homem acrescenta. Precisamos de saber o que procurar. Os sacos amarelos servem para a recolha dos diferentes materiais que por aí abundam. Começa a apetecer sair para o exterior. 

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

As concepções das crianças pequenas face à aprendizagem

Conhecer o que pensam as crianças sobre as suas vidas, leva-nos a olhar de outro modo a intervenção educativa, a compreender como e porquê as crianças adoptam determinados comportamentos e atitudes e formulam as suas crenças sobre o que é aprender. Dar voz às crianças, perceber as suas necessidades contribui para alargar o nosso conhecimento sobre como podemos e devemos "fazer" educação. No blog " A minha vida com o doutoramento" a Maria Figueiredo divulga o artigo " Aprender é estar quietinho e a fazer coisas a sério” – perspectivas de crianças em idade pré-escolar sobre a aprendizagem“ que elaborou em co-autoria com Ana Arroz e Dulce Sousa. 
Vale a pena a leitura.   

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Avó(s)

"Uma Avó é uma mulher que não tem filhos, por isso gosta dos filhos dos outros. As Avós não têm nada para fazer, é só estarem ali. Quando nos levam a passear, andam devagar e não pisam as flores bonitas nem as lagartas. Nunca dizem 'Despacha-te!'. Normalmente são gordas, mas mesmo assim conseguem apertar-nos os sapatos. Sabem sempre que a gente quer mais uma fatia de bolo ou uma fatia maior. As Avós usam óculos e às vezes até conseguem tirar os dentes. Quando nos contam historias, nunca saltam bocados e nunca se importam de contar a mesma história várias vezes. As Avós são as únicas pessoas grandes que têm sempre tempo. Não são tão fracas como dizem, apesar de morrerem mais vezes do que nós.
Toda a gente deve fazer o possível por ter uma Avó, sobretudo se não tiver Televisão".

Recebido por email indicando que foi escrito por uma menina de 8 anos e publicado no Jornal do Cartaxo

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Este é o melhor post do Voltas.

Só vendo o vídeo se pode entender. Espero que o divulguem. 

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Sempre os afectos

Liseberg, Gotemburg 10/09/08

(clicar para abrir)

No meio de tanta burocracia salvam-se os afectos. São eles que nos orientam e nos (des)equilibram. 
A Educação de Infância sempre valorizou (não poderia ser de outro modo) o relacionamento entre as pessoas. Sempre se preocupou em criar tempos e espaços que incentivassem o TER, o SER e o PODER. Que os educadores tenham, sejam e possam retribuir todos os AFECTOS que as crianças lhes dão. 
Vem a propósito do inicio de mais um ano lectivo.

Sobre a foto: 
Os suecos valorizam bastante a pessoa que é a criança. A "cidade" mostra preocupar-se com as pessoas e o ambiente. Gosto da organização, do respeito e da segurança que por lá parece ser evidente. Por isso continuo a ilustrar os posts com fotos de lá sentidas por alguém de cá. 

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Ticteando no Pré-Escolar

Um artigo de Ádila Faria da janela do meu jardim  sobre a utilização dos blogues na emergência da literacia na Educação de Infância. 
Trago aqui para o "às voltas" as principais conclusões apresentadas pela autora . O texto integral pode ser lido aqui.  Espero que os educadores e professores que o venham a ler possam compreender melhor a natureza do contexto da educação pré-escolar e, verificar como é possível os educadores e as crianças "tictearem" com tanto empenho e dedicação. 

"Verificámos que o blogue se apresenta não só como uma ferramenta de publicação de conteúdos, mas também como um importante meio de comunicação que nos possibilitou desenvolver projectos de colaboração e partilha e nos permitiu manter sempre o contacto com a comunidade quer local quer internacional. [...] o blogue nunca se assumiu como um repositório estático de informação, mas sim como uma ferramenta comunicacional que nos aproximou do mundo. [...] Favoreceu, pois, as práticas conducentes à promoção de literacia
desde a primeira infância o que constitui uma mais-valia para a emergência da leitura e da escrita. Assim, Da Janela do Meu Jardim assumiu-se, simultaneamente, como uma estratégia pedagógica para a emergência da leitura e da escrita e como um instrumento de desenvolvimento da autonomia e de formação pessoal e social. É certo que temos de ter sempre presente que nada se constrói sem uma consciência de que o recurso está ao serviço da pedagogia que o Educador adopta. Neste sentido, defende-se que o educador tem um papel ainda mais determinante, apesar da autonomia que muitas destas ferramentas potenciam,
porque o alcance do olhar da criança já não vai ficar restrito à rua ou ao seu bairro, mas está aberto para o mundo. Por outro lado, a preparação das actividades lúdico-didácticas passa a ser muito mais exigente que no passado porque o educador experiencia situações novas que, também para ele, são de desafio e que por vezes nem domina, mas a que procura responder."

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Nos tempos actuais o futuro da saúde mental depende (também) do modo como soubermos gerir o uso das tecnologias


No dia 30/07/08 foi publicado no IOL on-line este artigo de Filipe Caetano intitulado «Magalhães, um computador pouco português».

São 500 mil portáteis disponíveis para as crianças dos seis aos dez anos. Um agrado para os mais novos, que com certeza também satisfará os pais.

Na Indonésia o «Magalhães» é conhecido pelo nome de «Anoa», na Índia é o Mileap-X series, na Itália é o Jumpc e no Brasil é conhecido por Mobo Kids. O Governo do Vietname percebeu o sucesso da oferta e já o colocou nas escolas a preço reduzido. Uma ideia agora adoptada por José Sócrates.

Computadores, internet e outras tecnologias são recursos que pretendem melhorar a vida de todos nós. São cada vez mais apelativos, mais interessantes, de fácil acesso e utilização. Muitos de nós já nem passamos sem eles. Tornamo-nos de algum modo dependentes dos mesmos. Quando pensamos em dependência também devemos pensar que a mesma pode acarretar bastantes perigos para a nossa saúde. E se existem perigos, ou se os perspectivamos que possam vir a afectar a saúde das crianças, será conveniente que saibamos ensinar os miúdos a fazer o uso correcto do PC/Net. Isto vem a propósito do computador "Magalhães" que TODAS as crianças de 6 anos irão ter acesso, já no início do próximo ano lectivo. Se os nossos governantes parecem não se preocupar com a saúde mental das crianças, nem com o uso menos adequado que muitas delas poderão vir a fazer do PC, será importante que nós, educadores estejamos cientes dos possíveis efeitos maléficos da utilização do computador e da internet na saúde física, social e emocional do cidadão. Devemos estar cientes do que queremos, como queremos e o que fazemos para e pela saúde das nossas crianças. Porque, nós adultos (alguns!) sabemos o que são e podem ser os computadores/internet. Temos (felizmente) as "ferramentas" emocionais mais ou menos estáveis para nos precavermos dos potenciais perigos emergentes. As crianças não. E cada vez mais cedo se verifica a implementação de uma filosofia do aqui e do agora, onde se tenta modelar comportamentos na premissa que temos que acompanhar o progresso e sermos mais competitivos. E as "ajudas" aí estão para que se cumpra esse desiderato. E, já que vamos ser nós a "acompanhar" o crescimento e desenvolvimento das crianças nesta área, também não estará posta de parte, a hipótese de alguém, daqui a uns anitos, se lembrar de nos vir responsabilizar pelos vários problemas emocionais e mentais que os jovens/crianças possam vir a apresentar como resultado da má utilização do PC. Afinal, os professores e as famílias não souberam "controlar" os seus filhotes, nem lhes ensinaram o bê-á-bá tecnológico. Mas, se isso vier acontecer, podemos ficar descansados que o governo resolve facilmente o problema. Coloca nas escolas os psicólogos (muitos) que andam por aí no desemprego, ou a exercer funções para as quais não possuem qualquer formação. Pelo menos irão contribuir para remediar o problema. Para terminar remeto para quem estiver interessado, este artigo já não muito recente sobre os novos (?) problemas resultantes do uso e abuso das tecnologias. Alguns resultados interessantes que devemos ter em consideração, porque o "caminho" já outros o trilharam, e nós, pouco a pouco vamos vendo as "evidências" dos caminhos percorridos e sentindo-os como nossos. Alguém sabe de algum estudo português sobre este assunto?

domingo, 1 de junho de 2008

Necessidades expressas ...

... cuidados possíveis. Contextos. Dias que passam por aqui e por ali. Facilidades para uns, dificuldades para outros. Sobrevivências e vivências. Dias que nos lembram que temos consciência social. Temos?

domingo, 27 de abril de 2008

Exemplos

Los finlandeses, los europeos con mejores notas, tienen actividades deportivas todos los días.
La práctica de actividades deportivas contribuye al rendimiento escolar. Los defensores de esa teoría, como el director del departamento de Educación Física de la Facultad de Ciencias del Deporte y la Educación Física (INEF) de A Coruña, Xurxo Dopico, o el decano de esa facultad, Rafael Martín, echanmano del ejemplo finlandés para apoyar sus argumentos. Finlandia, país en el que según el informe PISA se ha alcanzado un mayor rendimiento académico, tiene establecido dentro de su modelo educativo la práctica diaria de ese tipo de actividades en todos los niveles. A eso hay que añadir que el 60% de los escolares hacen ejercicios con los compañeros y el otro 40% practican deporte de forma regular enayuntamientos, asociaciones o clubes. Todo ello implica una media de más de14 horas semanales de actividad física. El modelo es muy diferente en Galicia, una comunidad en la que entre el 25 yel 30% de la población infantil tiene sobrepeso. Otras comunidades en lasque los índices de exceso de peso rondan los de los gallegos ya han tomado nota y tienen mayor número de horas de gimnasia. Un ejemplo son Canarias o Madrid, donde ya en primaria hay un 50% más de horas de esta materia que enlas aulas gallegas.