Bem-vindo(a). Aqui ando às voltas. Com a vida. Com o doutoramento. Com o blog. Quando as circunstâncias o permitem dou umas voltinhas pela Educação de Infância.
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sexta-feira, 13 de março de 2009

As ciências físicas e as actividades laboratoriais na educação pré-escolar


Desde os primeiros anos de vida, as crianças vão construindo ideias acerca dos fenómenos físicos que observam no mundo que as rodeia. Quando ingressam na Educação Pré-Escolar usam estas ideias para compreender muitos fenómenos físicos e para explicarem a sua ocorrência. Muitas vezes, os educadores de infância não estão conscientes da existência dessas ideias e conduzem as crianças à exploração do mundo como se se tratasse do primeiro contacto da criança com os fenómenos físicos em causa. Diversos autores atribuem esta postura à insegurança científica e metodológica destes profissionais e ao seu receio em serem questionados pelas crianças relativamente a assuntos que dominam pouco. Esta insegurança pode dever-se à escassez de formação no domínio das ciências, facultadas a estes profissionais durante o ensino secundário e superior. Esta falta de formação é particularmente relevante no caso da Física e da Química, dada a pequena expressão que as ciências têm nos currículos dos cursos de formação de ducadores de Infância, e pode também justificar o baixo recurso a actividades laboratoriais, especialmente do domínio das ciências físicas, por parte destes profissionais, bem como o facto de as actividades laboratoriais implementadas serem, geralmente, do tipo ilustrativo, com procedimento desenhado e executado pelo educador de infância, e não explicitamente relacionadas com os conhecimentos prévios das crianças.
... Os resultados desta investigação apontam para a necessidade, não só de uma reformulação dos currículos da formação inicial de Educadores de Infância, de modo a incrementar a formação científica e metodológica dos novos profissionais, mas também de um maior número de acções de formação no âmbito das ciências física, em geral, e do seu ensino com recurso a actividades laboratoriais, em particular, a fim de reforçar a formação dos educadores em serviço e de contribuir para que as crianças comecem, desde cedo, a olhar mais crítica e interessadamente para o mundo que as rodeia.

As Ciências físicas são uma área de relevância ao nível da Educação de Infância que Ana Peixoto estudou no âmbito da formação dos educadores de infância. O download da sua tese de doutoramento pode ser feito aqui.


sábado, 7 de março de 2009

Os registos gráficos das crianças no jardim de infância e a aprendizagem da matemática

É o título da tese de doutoramento de João José Maia cujo objectivo foi o estudo da evolução dos registos gráficos produzidos pelas crianças no jardim de infância e a importância dessa evolução nas aprendizagens matemáticas conceptuais e representativas realizadas durante esse período.
Os dados principais recolhidos foram mapas de presenças e de tarefas, receitas, ementas e registos de contagens das crianças para o almoço e incluíram os registos produzidos pelas crianças, as descrições feitas pelos educadores, as notas de campo decorrentes das observações do autor e entrevistas a um educador de cada local.

Pode fazer o download desta tese no repositorium da Universidade do Minho através do seguinte link.

http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/7516

domingo, 1 de março de 2009

Destaque-Educ@ na Web



Um Espaço a pensar nos Educadores de Infância

É assim que é caracterizado este espaço. E isto para mim é suficientemente apelativo. Quem visitar o blog Educ@ na Web pode encontrar vários recursos para a prática pedagógica. Quando por lá andei dei com a página  do jardim de infância de Cacela. Dois espaços que apetece visitar. Sem dúvida para andar às voltas e descobrir o mundo da infância.  

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Avaliação e Crenças Educacionais

Não há muitos anos atrás a questão da avaliação - especialmente
avaliação da criança - não fazia parte das crenças
educacionais dos educadores de infância (Spodek e Saracho, 1997; Zabalza, 2000).

No início do séc.XXI muitas das preocupações na Educação de Infância passavam por saber como avaliar o processo educativo em geral. Discutia-se como observar, planear e avaliar. Se nessa altura o processo de avaliação docente situava-se numa mera perspectiva de auto-avaliação com poucos ou raros reflexos nas práticas educativas, hoje encontramo-nos a atravessar um período complexo e conflituoso de implementação de um modelo de avaliação de desempenho. Sobre essa avaliação de desempenho, o documento de trabalho intitulado "AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DOCENTE E CONFLITOS PESSOAIS: ENSAIO DE UM ENQUADRAMENTO E EXPLORAÇÃO DE EVIDÊNCIAS SOBRE O CASO PORTUGUÊS tem como objectivo compreender o processo de resistência colectiva emergente, as suas causas e implicações, e os desafios que este processo tem colocado tanto às relações laborais e profissionais no sector como à capacidade de gestão da mudança por parte do Ministério da Educação (Pereira, 2009). 

Por vezes fará bem recuar no tempo, perceber o que se escrevia em determinada época sobre a avaliação, neste caso particular, a avaliação nos jardins de infância para melhor compreender o presente e perspectivar o futuro. Nas minhas voltas dei com esta referência datada de 2002, intitulada "AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR: AVALIAR O QUÊ, COMO E PARA QUÊ?"

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Destaque - Jardim de Monserrate




O blog do jardim de Infância de Monserrate despertou-me a atenção por duas actividades aí divulgadas . A primeira ligada à higiene oral que as educadoras denominaram de actividade integradora  , e a segunda cujas actividades prendem-se com experiências feitas com minhocas. É o projecto BioM@t. No blog pode-se também ficar a conhecer outras actividades que denotam o espírito inovador de quatro grupos de crianças e suas educadoras. Vale bem a pena conhecer e divulgar estes projectos. 

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Ticteando no Pré-Escolar

Um artigo de Ádila Faria da janela do meu jardim  sobre a utilização dos blogues na emergência da literacia na Educação de Infância. 
Trago aqui para o "às voltas" as principais conclusões apresentadas pela autora . O texto integral pode ser lido aqui.  Espero que os educadores e professores que o venham a ler possam compreender melhor a natureza do contexto da educação pré-escolar e, verificar como é possível os educadores e as crianças "tictearem" com tanto empenho e dedicação. 

"Verificámos que o blogue se apresenta não só como uma ferramenta de publicação de conteúdos, mas também como um importante meio de comunicação que nos possibilitou desenvolver projectos de colaboração e partilha e nos permitiu manter sempre o contacto com a comunidade quer local quer internacional. [...] o blogue nunca se assumiu como um repositório estático de informação, mas sim como uma ferramenta comunicacional que nos aproximou do mundo. [...] Favoreceu, pois, as práticas conducentes à promoção de literacia
desde a primeira infância o que constitui uma mais-valia para a emergência da leitura e da escrita. Assim, Da Janela do Meu Jardim assumiu-se, simultaneamente, como uma estratégia pedagógica para a emergência da leitura e da escrita e como um instrumento de desenvolvimento da autonomia e de formação pessoal e social. É certo que temos de ter sempre presente que nada se constrói sem uma consciência de que o recurso está ao serviço da pedagogia que o Educador adopta. Neste sentido, defende-se que o educador tem um papel ainda mais determinante, apesar da autonomia que muitas destas ferramentas potenciam,
porque o alcance do olhar da criança já não vai ficar restrito à rua ou ao seu bairro, mas está aberto para o mundo. Por outro lado, a preparação das actividades lúdico-didácticas passa a ser muito mais exigente que no passado porque o educador experiencia situações novas que, também para ele, são de desafio e que por vezes nem domina, mas a que procura responder."

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Boas práticas na E.I.


Boas práticas na área da Educação de Infância podem ser vistas aqui e aqui. Práticas menos adequadas foram apresentadas neste post.
A alusão ao símio foi pura coincidência.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Saúde escolar

Van Gogh, Noite Estrelada, 1889

Já algumas vezes me solicitaram informação sobre a Educação e Promoção da Saúde na Educação Pré-Escolar. Normalmente remeto os interessados para estudos que se realizam nos diferentes graus de ensino, mas poucas vezes indico estudos sobre a Educação e Promoção da Saúde na Educação Pré-escolar. A razão prende-se com o facto de existirem, neste grau de ensino, poucos estudos nacionais e internacionais que olhem a Promoção e Educação para a Saúde numa perspectiva global. Contudo, encontra-se alguns estudos que abordam temáticas específicas da Educação e Promoção da Saúde tais como, a alimentação, a educação sexual, a higiene oral, etc.
Porém, a operacionalização das diferentes dimensões do conceito de Educação e Promoção da saúde passa pela aquisição de algum conhecimento sobre a saúde em geral, como e quem a deve promover, que factores condicionam e/ou facilitam essa mesma intervenção, que necessidades de saúde queremos satisfazer, etc.
A saúde esteve, durante bastante tempo, associada à prevenção e ao tratamento da doença. Daí que as intervenções que se realizaram nas escolas e jardins de infância sempre estivessem a cargo das equipas de Saúde Escolar. São estas equipas, através dos seus especialistas, que realizam os rastreios oftalmológicos, a saúde oral e a vacinação das crianças que frequentam a educação pré-escolar e o primeiro ciclo. E como essas intervenções são cada vez mais constantes nas nossas escolas deixo aqui, a título de curiosidade, um apontamento sobre a intervenção dos serviços de saúde nas escolas, num passado distante do qual, por razões óbvias, não podemos ter memória.

Em assumptos de educação o insuccesso é da responsabilidade do educador: a creança tem de acceitar-se tal qual é e dar-se-lhe o maximo
de perfeição possivel; é um ser em trabalho de formação produzido por factores internos e externos, que importa determinar e pôr em movimento.
O exame do alumno mostrando o seu desenvolvimento e estado sanitario, as suas energias physicas e psychicas, permitte adaptar a sua cultura intellectual e moral à sua capacidade organica; elle é tanto mais necessario quanto a permanencia de muitas creanças reunidas na escola, numa immobilidade quasi absoluta e em posições por vezes viciosas, as expõe a doenças contagiosas e a deformações organicas mais ou menos permanentes.
(...) A presente «Caderneta Medico-Pedagogica», inspirada em principios de boa pedagogia, nas ideias expostas nos congressos de hygiene escolar e no exemplo da França, da Allemanha, da Belgica, da Inglaterra,etc., está organisada por fórma a poderem registar-se, num periodo de 7 annos, as observações adquiridas nos successivos exames medicos do alumno e as notas relativas ao seu progressivo desenvolvimento physico e pshychico.
A presente Caderneta Medico-Pedagogica permite que a familia, o medico e o educador exerçam uma vigilancia cuidadosa a respeito da creança, fazendo convergir os seus esforços no sentido de lhe dar uma educação integral. Não tem ella a pretenção de ser um trabalho perfeito; mesmo modesta, porém, sendo usada na escola e na familia póde prestar grandes beneficios á creança, com simultanea utilidade para a raça e para a nação!”


Carvalho, M. (1911). Caderneta Medico-Pedagógica. In J. Moura Marques, Coimbra

Reflexão: O tempo passa, algumas coisas evoluem, outras perduram ... noite estrelada é um quadro maravilhoso.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Vamos brincar?

Hoje virei-me para o jogo, a brincadeira e o exercício físico. E a razão é simples! As minhas pesquisas andam normalmente à volta da saúde, mais propriamente da promoção da saúde.

Dei uma vista de olhos rápida aos blogs nacionais para saber o que se anda a fazer nos jardins de infância, e deparei-me com um leque variado de sugestões de trabalhos de expressão plástica. É o dia da alimentação e o dia de S. Martinho que os educadores não se esquecem de comemorar! E agora já muitas cabecinhas estão a pensar nas comemorações de Natal. Mais trabalhos e trabalhinhos com estrelinhas e sininhos! Qualquer dia funcionamos como os centros comerciais e começamos logo a pensar na época natalícia em Agosto, no final das férias!



Mas o propósito destas minhas palavras tem a ver com outras coisas que também se fazem nos jardins de infância, mas que não aparecem com tanta frequência nos blogs, ou seja, as brincadeiras livres das crianças e os jogos na sala, no recreio, nos corredores, na praia, no campo ... Daí que aconselhe uma vista de olhos ao blog da Cláudia Bergo do Brasil e aos links a ele associados, como por exemplo este . Vamos brincar?

domingo, 28 de outubro de 2007

E o exercício físico?

São três os elementos essenciais à vida e à saúde dos seres vivos. Após algumas palavras sobre a alimentação e o sono, deixei para último o exercício físico. Não porque o considere menos importante, mas porque o "tempo" dedicado ao movimento e ao jogo no Jardim de Infância, habitualmente da responsabilidade do educador de infância, tem vindo aos poucos a ser substituído pelas aulas de educação física (EF) prestadas por professores/monitores habilitados para este fim. Existindo uma mudança de paradigma no que respeita ao professor generalista apoiado pelo professor especialista, questiona-se a validade deste enquadramento. No que respeita à minha experiência como educadora considero que o educador possui formação suficiente para programar as actividades necessárias e adequadas ao desenvolvimento físico das crianças, pelo que, a não existência de aulas formais de EF, em princípio, em nada prejudica as crianças. Contudo, existe o perigo de essa programação, ou não existir, ou não ser devidamente regulada. Assim, a existência de aulas de EF resolve esta questão e as crianças tem a possibilidade de diversificar a sua actividade motora. E perante a incerteza da qualidade das práticas dos educadores nesta área não será melhor apostar na vinda de professores qualificados ao Jardim de Infância?
Foto: Noélia Marreiros Portimão 2007

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Dormir, sonhar, repousar... em prol da saúde das crianças



Sem querer desviar-me exageradamente (perdoem-me aqueles que consideram que já o fiz) do objectivo deste meu blog, escrever sobre as etapas do doutoramento, irei neste post publicitar (para quem ainda não tomou conhecimento) mais um estudo na área da saúde. No dia 23 do corrente, o jornal Público on-line divulgou um estudo sobre os benefícios do sono na saúde mental do ser humano. Segundo a revista Current Biology, cientistas da Escola Médica de Harvard e da Universidade da Califórnia conseguiram provar neurologicamente por que motivo a falta de sono conduz a um comportamento emocional irracional, com reacções exageradas a experiências negativas.


A razão por que me concentrei neste assunto teve a ver com o meu post anterior. Lá questionei a tendência de alguns Jardins de Infância (e não só!) de utilizarem exageradamente o "calendário" para comemorarem algumas datas mais significativas, nomeadamente o dia mundial da alimentação. Hoje falo do sono! E que dizer das crianças que vão para o Jardim de Infância ensonadas, cansadas e desligadas? As razões são óbvias! Na noite anterior, a ida para a caminha efectuou-se a horas impróprias para o seu desenvolvimento! E que dizer das crianças de 3 anos (só para falar das crianças mais novas que frequentam o jardim de infância estatal) que permanecem, desde as 8h até às 20h no jardim de infância, às quais não são garantidas as condições necessárias (tempo e espaço) para que, após o almoço possam descansar, dormir, sonhar, descontrair, enfim crescer saudavelmente? As razões também são óbvias! A gestão destes estabelecimentos (Agrupamentos de Escola) estabelece, que o período da componente lectiva de 5h diárias seja ocupado com actividades ditas "curriculares", não havendo um espaço e um tempo para a satisfação de uma necessidade básica, como é o REPOUSO!
Será desejável um "dia mundial" do sono para reflectirmos sobre o que "andamos a fazer" às nossas crianças?



quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Sobre os "Dias Mundiais"


Como educadora e como pessoa sempre me preocupei com questões de Saúde. Maior dificuldade poderei ter tido quando pensei em pôr em prática os conhecimentos que possuo sobre esta matéria.
Afinal o que me preocupa relativamente à "aprendizagem" das crianças pequenas?
No dia 16 de Outubro comemorou-se o Dia Mundial da Alimentação! Geralmente este dia é comemorado na maioria dos jardins-de-infância. Os educadores organizam uma série de actividades com o objectivo de, por um lado, não deixar passar este dia em branco e, por outro, cumprirem o que dita o Projecto Educativo de Escola sobre esta matéria.
Sempre considerei este tipo de comemorações como acontecimentos banais e de interesse relativo. Sem querer menosprezar quem se preocupa em comemorar "tudo" aquilo que aparece no calendário, questiono-me se estas ditas "comemorações" não serão um meio de nos desviar daquilo que interessa, ou seja, que as crianças demonstrem no seu dia-a-dia, atitudes e comportamentos que possam ser considerados saudáveis. Reportando-me à alimentação, será que interessa ficarmos sensibilizados "num determinado dia" para uma alimentação saudável se, nos dias a seguir "arruinamos" essa sensibilização, com a prevalência de refeitórios onde o conceito de alimentação saudável está aquém do desejável?
Volto ao princípio, conhecimentos e informação sobre esta matéria encontramos em abundância. Porém, o mais importante escasseia, ou seja, as mudanças de COMPORTAMENTO.
Afinal como devem as crianças pequenas aprender a serem saudáveis?